Direito LGBTPIA+
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Porque LGBTPIA+?
LGBTPIA+ é uma sigla que abrange pessoas que são Lésbicas, Gays, Bissexuais, Trans, Pansexuais, Intersexo, Assexuais/Arromânticas/Agênero e mais.
Lésbicas e pessoas gays são pessoas que sentem atração pelo mesmo gênero, e por pessoas que consideram seus gêneros parecidos. Lésbicas são sempre mulheres, ou pessoas não-binárias que se alinham com o gênero mulher de alguma forma. Gays historicamente eram homens, mas hoje em dia, é também aceito que mulheres ou pessoas não binárias utilizem a palavra gay para se identificarem como pessoas que sentem atração pelo mesmo gênero e por pessoas que se consideram de gêneros parecidos.
Bissexuais são pessoas que sentem atração por dois ou mais gêneros.
Pessoas transgênero, ou trans, são pessoas cujo gênero designado ao nascimento é diferente do gênero que possuem. Mesmo assim, nem todas as pessoas que se encaixam nesta definição se identificam como trans; como é o caso de certas travestis, de certas pessoas não-binárias e de certas pessoas que não vivem em culturas onde só existem dois gêneros.
De qualquer modo, a maioria das pessoas que não são cis – neste caso, qualquer pessoa cujo gênero designado ao nascimento é parcialmente ou completamente diferente do gênero que possui, ou cujo gênero não pode ser traduzido adequadamente para o modelo de gênero eurocêntrico como homem ou como mulher – é bem-vinda na comunidade trans.
No Brasil, muitas vezes se colocam as identidades travesti e transexual também na letra T (como coisas separadas de transgênero). Travesti geralmente é um termo usado por pessoas que poderiam se dizer transfemininas e que é marcado por resistência e inconformidade em relação ao padrão cis sobre o que uma pessoa trans “aceitável” deveria ser. Transexual é um termo geralmente associado com pessoas trans que querem fazer um ou mais tipos de transição corporal, embora nem todas as pessoas que se definam como transexuais façam ou queiram fazer isso.
Pessoas intersexo são pessoas que, congenitamente, não se encaixam no binário conhecido como sexo feminino e sexo masculino, em questões de hormônios, genitais, cromossomos, e/ou outras características biológicas.
Pessoas assexuais são pessoas que nunca, ou que raramente, sentem atração sexual. Pessoas arromânticas são pessoas que nunca, ou que raramente, se apaixonam.
O A na sigla inclui tanto estas orientações como todas as do espectro assexual e as do espectro arromântico, que incluem orientações como quoissexual (alguém para quem o conceito de atração sexual não faz sentido), akoirromântique (alguém que não consegue continuar apaixonade uma vez que a outra pessoa também está apaixonada pela pessoa akoirromântica), e grayssexual (alguém que sente atração sexual de forma fraca, vaga e/ou rara).
Estes espectros estão inclusos no termo a-espectral, que também pode ser ocasionalmente usado para explicar que orientações fazem parte da letra A da sigla.
Pessoas agênero não possuem gênero, ou ao menos se sentem mais ou menos contempladas por esta definição.
Pessoas pan sentem atração por todos os gêneros, ou independentemente do gênero. Pessoas poli sentem atração por muitos gêneros.
O + está ali para pessoas não-cis que não se consideram trans, e por todas as outras orientações que não são hétero. Por exemplo, pessoas cetero/medisso são pessoas não-binárias que só sentem atração por outras pessoas não-binárias, pessoas omni sentem atração por todos os gêneros (algumas pessoas se dizem omni e pan; outras utilizam omni para evitar a conotação de “atração independentemente de gênero”), e pessoas abro possuem atração que muda constantemente (uma pessoa abrossexual pode ser gay em alguns momentos, assexual em outros, e pansexual em outros, por exemplo). Existem múltiplas possibilidades de orientações, e não é prático incluir cada uma na sigla.
Referencia: orientando.org
Quanto à letra Q da sigla LGBTQIA+
Prefiro, não utilizá-la pois , a Teoria Queer ainda não se encontra consolidada no Brasil, além de pouco utilizada pela área como aporte conceitual para esses estudos, sendo que a maioria das abordagens utilizadas ainda tem uma visão a-histórica sobre gênero e estão fundamentadas em abordagens feministas liberais e radicais. Portanto, poucos estudos organizacionais brasileiros utilizam a teoria queer como fundamento para suas análises, destacando-se.
SOUZA, Eloisio Moulin de. A Teoria Queer e os Estudos Organizacionais: Revisando Conceitos sobre Identidade. Rev. adm. contemp., Curitiba , v. 21, n. 3, p. 308-326, May 2017 . Available from http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1415-65552017000300308&lng=en&nrm=iso. access on 08 Dec. 2020. http://dx.doi.org/10.1590/1982-7849rac2017150185.